terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Resenha: Oxygene 7-13

Capa do álbum

Artista:
Jean-Michel Jarre
Álbum: Oxygene 7-13
Ano: 1997
País: França


Avaliação:


Músicas:
1. Oxygene 7 (11:41)
2. Oxygene 8 (3:54)
3. Oxygene 9 (6:13)
4. Oxygene 10 (4:16)
5. Oxygene 11 (4:58)
6. Oxygene 12 (5:40)
7. Oxygene 13 (4:27)
Tempo total: 41:09

Integrantes:
- Jean Michel Jarre: sintetizador, teclados, theremin, mellotron
- Francis Rimbert: teclados

Composição e arranjo: Jean-Michel Jarre.

Em 1997, com o lançamento deste álbum, Jean-Michel Jarre tenta voltar as origens, utilizando teclados vintage, porém, com um arranjo mais moderno.
O álbum é, na verdade, uma continuação direta ao álbum de 1977, "Oxygene".
Músicas:

1. Oxygene 7

Esta música é um épico "espacial" de 11 minutos. Tem um clima suave e, ao mesmo tempo, mas moderno, com uma leve batida ao fundo. Apesar de não haver uma divisão explícita, vou dividí-la em 3 partes:

Parte 1: é apresentado o tema principal. Esta parte tem uma estrutura completa, quase uma música à parte do todo. Bem espacial e suave. O grande charme é a utilização de alguns teclados vintage.

Parte 2: inicia-se aos 4min e 20s de música. Neste momento ouvimos um novo tema e, logo depois, o trecho mais bonito da música, na minha opinião: ocorre uma modulação (mudança de tonalidade), com o que parece ser um piano eletrônico solando. Este trecho deixa a música ainda mais espacial, mais exótica. A parte 2 concui-se com a repetição do tema inicial da música.

Parte 3: inicia-se aos 8 min, com som de chuva, e um "som de rádio" ao fundo, tocando o tema da parte 2. Esta parte é, basicamente, a repetição deste tema sem a batida ao fundo, com um arranjo sutilmente diferente, com teclados vintage, o que deixa o trecho bastante espacial.

2. Oxygene 8

Esta é uma música mais urbana, dançante. É uma música bem curta, mas marcante. Apesar do apelo "moderno", ela tem um arranjo com alguns teclados vintage, novamente, dando um charme a mais na música. Há uns pequenos trechos em que dá pra ouvir um Mellotron (o fundo musical que parece uma orquestra, gravada em fita, como filmes antigos).
Mellotron

3. Oxygene 9

Nesta música, parece que voltamos ao experimentalismo da década de 1970. Praticamente composta inteira com teclados vintage (alguns efeitos são executados com teclados digitais), inicia-se bem minimalista, com um crescendo que culmina no tema da...Oxygene 1! Porém, desta vez, a música tem um arranjo levemente diferente da versão de 1977.
Este tema é gravado com um som agudo, que lembra aqueles filmes de E.T. daquela década. Tem um clima um pouco sombrio. Parece que Jarre, como ele mesmo disse, se referindo as músicas de 1977, se inspirou na natureza, novamente!

4. Oxygene 10

Talvez a mais pop do álbum. Tem um clima espacial bem disfarçado na roupagem mais urbana. Dá pra ouvir novamente aquele "sonzinho de E.T." agudo! Música radiofônica, mas não deixa de ser interessante.

5. Oxygene 11

Esta é para entrar em transe! Inicia-se com uma melodia repetitiva. Sobre ela, notas soltas e distorcidas vão sendo tocadas, criando um clima bem "dark". No meio, surge uma batida mais intensa, transformando a música quase num "trance".
No final, a batida some, e a música vai desaparecendo suavemente.

6. Oxygene 12

Esta música é uma variação da Oxygene 7, porém, a melodia é construída de forma diferente, com um ar mais dramático, além de ter outro ritmo, com uma batida mais evidente. Ela vai crescendo até o trecho central, em que surge um novo tema, também dramático, para depois voltar ao ema inicial, que vai desaparecendo.

7. Oxygene 13

Como de costume, Jarre compôs uma música em ritmo de bossa-nova, com um sequenciador sendo encarregado do ritmo. A música é muito majestosa, porém, com um clima de fim de festa. Novamente, o arranjo é feito com teclados vintage, dando um clima levemente espacial. Ótima!


Conclusão

Pode não ser um álbum revolucionário, porém, o músico ainda demonstra bastante criatividade, com um repertório bem variado.
Jean Michel Jarre muda um pouco a roupagem de suas músicas, adquirino um som mais moderno, dançante, o que pode desagradar os fãs mais tradicionais.
O único problema, talvez, seja a festividade de algumas músicas, um pouco menos sombrias e mais dançantes que outrora, o que deixa o álbum um pouco enjoativo.
De resto, é um excelente álbum, recomendável pra quem curte música eletrônica "diferente".

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