domingo, 8 de fevereiro de 2009

Crítica: Match Point

Antes de começar a critica desses dois filmes, gostaria de dizer que nunca fui um apreciador dos filmes de Allen; nem se quer me lembro de ter assistido a algum dos seus trabalhos anteriores. Portanto, tenha a certeza de que se tratam de criticas de um “não-fã” do diretor Americano.

Fui levado a assistir às obras devido às críticas - não tão positivas - que elas receberam na ocasião de seus lançamentos; um pouco tarde, confesso.

Vamos ao que interessa, então:

Match Point/ Ponto Final

Filme lançado em 2005, filmado na Inglaterra, EUA e Luxemburgo; escrito e dirigido pelo talentoso Woody Allen. Tem como protagonistas a jovem estrela Scalett Johansson (como a atraente Nola) e os poucos conhecidos do grande público: o irlandês Jonathan Rhys-Meyers (Chris Wilton), Emily Mortimer (Chloe Hewett) e o jovem e charmoso galã Matthew Goode (como Tom Hewett).

A história, um misto de drama e suspense, começa quanto o play-boy Tom é apresentado ao tenista Chris, que se tornar seu novo instrutor e amigo. Chirs, rapidamente, se vê dentro da casa dos Hewetts, onde conhece toda a família de Tom e inicia um relacionamento com sua graciosa e tímida irmã. Porém, ao conhecer a sensual e desinibida Nola, atual namorada de Tom, é que Chirs percebe o erro que cometeu ao deixar seu relacionamento com Chloe chegar tão longe, terminando em um casamento cheio de insegurança e pressão por parte da esposa que não consegue engravidar.

Após o fim de seu relacionamento com Tom, Nola some da vida dos Hewetts, mas, tempos depois reaparece e inicia um relacionamento secreto com Chris, que sempre a viu como o grande amor de sua vida. Porém, esse relacionamento que tinha tudo para ser a oportunidade que o rapaz esperava para mudar de vez a vida sufocante e sem emoção que vinha levando, acaba sendo o responsável por uma grande tragédia.

O trunfo dessa história, que de início aparenta ser daquelas feitas para se ver em uma tarde de chuva entediante, é o final imprevisível. Sem muitas pretensões, o filme demonstra como, algumas vezes, a vida de alguém pode ter reviravoltas; o destino pode voltar-se contra uma pessoa e, em seguida, novamente a favor dela. Sem querer estragar o final do filme, mas não podendo deixar de lado um comentário tão pertinente: a impunidade está presente na nossa sociedade, principalmente nas classes mais altas, e o filme – talvez não como uma denúncia – procura deixar isso claro. Agora, são os rumos que a vida de uma pessoa pode tomar, se ela assim permitir, é que é o tema central desse filme, que retrata tudo de forma dinâmica, porém não frenética, nos dando a possibilidade de degustar cada cena, apreciar os diálogos e ter um bom entendimento da história. E isso é fundamental para que uma obra possa ser bem sucedida.

Não vou negar que, na minha opinião, o forte desse filme é a enredo. Os pouco expressivos Jonathan e Scalett não conseguem diminuir a grandeza do filme, até mesmo porque os coadjuvantes Emily Mortimer (muito talentosa e carismática) e Goode (com uma jovialidade irresistível e muito descontraído) estão lá para sustentá-lo. Além disso, se o diretor errou na escolha dos atores (me refiro aos protagonistas) ele acertou ao desenvolver uma história que é leve, mas que tem seus momentos de tensão, e que ele, sabiamente, reservou para o final, impedindo, assim, que o filme se tornasse enfadonho e irritante.

Texto e imagem: Maurício O. Freire

Um comentário:

Johnny disse...

To curioso p ver os filmes, vc tem eles p me emprestar?